Cordel do Darwin

Dia 12 de fevereiro de 2009 em comemoração ao Bicentenário de Nascimento do Charles Darwin.


Forró do Darwin



Música de Elnathan Monteiro da Silva baseada no Cordel do Darwin

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Mini-curso II

Mini-curso realizado dia 11 de fevereiro, véspera das comemorações ao Bicentenário de Nascimento do Velho Barbudo.


Na foto:
Professores de Biologia da Rede Pública - Neves, Gláucio, Karla, Fabrício, Josilda, Alan, Milena e Bruna.
Extensionistas - Laura, Uirá, Marina, Allysson e Alexandre.

Forró do Darwin

Os alunos do curso de Ciências Biológicas (CCBS-UEPB) do segundo período do noturno foram desafiados pela Profa. Silvana Santos a criar uma música a partir da leitura da obra de Nelio Bizzo, “Darwin: dos telhados das Américas à teoria da evolução”. Nada melhor para o futuro educador do que aprender a divulgar o conhecimento científico para as pessoas e ajudar a democratizar o acesso à teoria da evolução. Como dizem por aí, nada na Biologia faz sentido se não for à luz da evolução.

E desse desafio nasceu o “Forró do Darwin”. O futuro biólogo e músico, Elnathan Monteiro da Silva, transformou parte da letra de um cordel criado pela turma dos “feras” do diurno de 2008 em um belo forró! Essa música será o carro-chefe da Exposição Científica sobre Evolução que está sendo organizada pela equipe do projeto de extensão e será aberta ao público em fins de abril, como parte das comemorações do bicentenário de nascimento de Charles Darwin.

Cordel do Darwin

I - DARWIN

Darwin, rapaz gastador
Pela medicina não se interessou
Em Cambridge fazendo Teologia
A origem da vida questionou
Estudando terra, bicho e planta
Um naturalista se tornou

Uma viagem pelo mundo
Conhecendo a biodiversidade
Para Darwin era um sonho
E o Beagle: grande oportunidade!
Usando o dinheiro de seu pai
O sonho se tornou realidade

II – Beagle e Amores

Beagle tinha uma tarefa
Cronômetros com rubi carregava
Melhorar os mapas de navegação
A longitude ele calculava
Evitando o desaparecimento
Para onde o mar os levava

Com a Fanny na floresta
Darwin se encantou
Mas foi só na adolescência
E logo lhe abandonou
Não sendo uma abelha assexuada
Com a prima Emma ele se casou

III – Terremoto

Lá na chapada do Araripe
Pedra de Peixe há por todo lugar
Conchas e fósseis marinhos
Prova que o sertão já foi mar
O dilúvio para o povo
É a evolução querendo se mostrar

No caminho do Portilho Argentino
Darwin viu o terreno se elevar
Isso lhe causou grande espanto
Rapaz, botou o pastor a pensar
Foram milhões de anos
Para a vida se diversificar

IV – Nos Andes

Um lugar surpreendente
O Chile se mostrou
Num hotspot de diversidade
Muita espécie abrigou
Florestas de araucárias
À beira-mar Darwin encontrou

Mas subindo pelos Andes
Viu a vegetação rarear
E no Telhado das Américas
Árvores petrificadas iguais às da beira-mar
Como é que a floresta
Lá em cima foi parar?

V – A prova da evolução

Darwin procurava a prova definitiva
De que o mar por ali passou
Oxente, não foi o mar que subiu não
Foi o terreno que se elevou
Teria que reformular a teoria
De quando o mundo se formou

Árvores petrificadas a 7.000 pés
Acima do mar estavam
Eram necessários milhões de anos
Muito mais do que pregavam
Na história do dilúvio
Os evolucionistas não acreditavam

VI – Minas de Ouro

O Chile antes da independência
Lembra muito o Brasil
Uma elite perversa dominando
Gerando um sofrimento sutil
Tomas Antônio Gonzaga
Satirava essa época viril

Acionistas na Bolsa
As minas de ouro explorava
Queriam saber das Américas
Por onde Darwin andava
Com o Diário do Beagle
Um prêmio, o danado ganhava

VII – Origem das espécies

A família real chegou
Causando dívida e devastação
Do Brasil eles levavam
Café, açúcar e algodão
Abusando do poder
Explorando a escravidão

A origem das espécies
Em 1859, Darwin publicou
Todas as espécies são aparentadas
E assim nossa visão mudou
Modelada pela seleção natural
A vida se transformou

VIII – A teoria sintética da evolução

Para ter diversidade
Tem que ter variação
Bicho e planta diferente
Por mutação e recombinação
É isto que nos diz
A Teoria Sintética da Evolução

Encerramos essa história
Com grande satisfação
Do Telhado das Américas
À Teoria Sintética da Evolução
Darwin mudou o mundo
Com uma nova concepção.

Prática Pedagógica II - Noturno

A turma de Prática Pedagógica II do curso de Ciências Biológicas (Noturno) foi apresentada aos produtos e ações futuras do Grupo de Extensão "Exposições Científicas na Escola: Evolução Biológica, para que te quero?". O vídeo da exposição organizada pelas turmas de Prática Pedagógica durante o segundo semestre de 2008 foi passado. O Cordel de Darwin foi declamado pelo aluno Nathan.

Durante a aula foi exposta a organização da extensão, e a importância dela para a sociedade. Após a apresentação, ações futuras viáveis foram debatidas. Dentre elas, a que mais chamou atenção foi um coral, possivelmente regido pelo professor Cavalcanti, fazendo uma música em cima do trabalho do Cordel. Outra proposta foi o feitio dos vídeos pela estudante Marcella, que cursa Arte & Mídia na UFCG.

Durante o semestre o restante dos alunos serão contemplados com a leitura da Scientific American e a National Geographic, especiais sobre evolução biológica.

Últimas Notícias

Carnaval passou, e o Bloco do Darwin foi às ruas de Salvador.

Enquanto isso, em Campina Grande - PB, a festa dá lugar ao trabalho de extensão universitária em sete escolas estaduais, as mais expressivas (em termos quantitativos e qualitativos) da cidade.

Na reunião do grupo de extensão, no dia 6 de março, foi repassado o andamento dos trabalhos programados logo após o término da semana de comemoração ao bicentenário de Charles Darwin com o mini-curso aos professores de biologia da rede estadual e o Dia D, publicitado no Jornal da Ciência, vide post anterior. Em breve, teremos os vídeos destes dois eventos.

Foi relatado durante a reunião o sucesso que está tomando a desocultação da realidade, como diria Gramsci, a partir do ensino da Evolução Biológica nas escolas da rede pública. Em algumas escolas impactos, em outras aceitação imediata, dependendo do trabalho da parceria extensionista-professor, que foi descrita durante a finalização do mini-curso com o planejamento das atividades em prol do êxito das exposições científicas no município, quiçá estado.

A escola Normal tem contado com a extensionista Marina e a professora Neves, o Raul Córdula tem contado com a participação da professora Bruna e do extensionista Ednno, Raissa tem trabalhado no Estadual da Liberdade junto ao prof. Gláucio, Laura tem trabalhado junto a Josilda na escola Clementino Procópio, Allysson trabalha com a prof. Karla na escola Premen, o Evaldo tem desenvolvido o trabalho em Areial com os professores de lá, e finalizando Uirá e Alexandre estão trabalhando na Escola da Prata junto ao professor Fabrício.

Os trabalhos têm sido diversos: painéis, maquetes, charges, quadros. Contudo, o público que estamos desenvolvendo o trabalho compreende basicamente os terceiros (e demais) anos do Ensino Médio, sendo homogeneo neste tocante.

Em breve, maiores notícias.