Fotos - Montagem da Exposição


Os alunos de Prática Pedagógica orientados pela Prof.ª Dra. Silvana Santos nos últimos dias 19/11, 20/11 e 21/11, concluíram a montagem dos painéis, produtos de um trabalho intenso onde a arte foi valorizada didaticamente em prol da Biologia Evolutiva. Neste último dia 21 de novembro, durante o dia inteiro, os estudantes se reuniram na sala 6 para concluírem os painéis que foram planejados no decorrer da disciplina Prática Pedagógica, cada painel com uma idéia central diferente. Estudantes do primeiro e terceiro período - diurno, e segundo e terceiro período - noturno, montaram painéis sobre os Patos de Darwin, Judocas, Girafa, Liso do Futuro ("chapinha" hereditária), tribos padaung, dentre outros, confrontando o conhecimento cotidiano e o conhecimento científico nas escolas e na universidade (dados adquiridos durante a disciplina). Outros painéis englobaram a problemática das borboletas, outros ligados à diversidade, mutação, conservação de espécies, transgênicos, e um destaque especial para os oito painéis "Darwin em Cordel" baseado no livro Darwin, do telhado das Américas à teoria da evolução, de Nélio Bizzo.

Em breve, novos vídeos e mais notícias.

Próximos passos:
- Convidar os professores das escolas públicas à participar da exposição no prédio do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Campus I da UEPB.

Fotos da montagem dos paineis "Darwin em Cordel" nos dias 19 e 20 de novembro, sala da Coordenação do Curso de Ciências Biológicas (fotos registradas por Ananda Vasconcellos):

Fotos da montagem do dia 21 de novembro, na sala 6 (sala dos "Feras"):

Diário de Bordo

Na UEPB:

14/11/08 - exposição do "Cortinão de Watson", produto de um mini-curso na UFPB, servindo como base para a exposição dos alunos de prática pedagógica, que inovarão mostrando, por exemplo, a vida de Darwin em Cordel.

18/11/08 - durante o período da manhã, criação e montagem dos trabalhos que servirão de base para o trabalho "Exposições Científicas na Escola: Evolução Biológica, para que te quero?" sob supervisão da prof.ª Dra. Silvana Santos.

19/11/08 - continuação da montagem durante o período da manhã, na sala da coordenação do curso de Ciências Biológicas (UEPB) sob tutela da prof.ª Dra. Silvana Santos.

Reunião na Terceira Regional de Ensino

No dia 12 de novembro de 2008 nos reunimos com Fátima Curvelo (coordenadora da ação pedagógica) no núcleo de pedagógico da Secretaria Estadual de Educação - Terceira Regional sob direção da Professora Goreti Lima, embora a mesma ausente da reunião por tarefas improrrogáveis dadas pelo Secretário Geral de Educação do Estado, Prof.º Neroaldo Pontes.

A equipe da coordenação pedagógica nos recebeu bem na reunião que teve a presença da prof.ª Fátima Curvelo, e da prof.ª Maria de Fátima, representantes da secretaria de educação do estado; da prof.ª Silvana Santos, coordenadora da extensão; dos extensionistas Allysson Allan e Uirá Souto, que debateram a viabilidade de inserção do Projeto de Extensão nas Escolas Estaduais de Campina Grande - PB.

A reunião começou com a apresentação da Prof.ª Silvana Santos antes os trabalhos que vem desenvolvendo no estado, como também a experiência com Genética e Educação durante a formação profissional, e futuras ações, como criação de entidades que podem inserir as escolas estaduais como construtoras de novas práticas de Ensino voltadas ao desenvolvimento científico socialmente referenciado.

Foi citado pela coordenadora pedagógica, que o planejamento escolar de 2009 ocorrerá em evento no Colégio da PRATA, onde estarão centralizados todos os professores de escolas estaduais do município, de todas as disciplinas, e que estas posteriormente se distribuirão por salas para uma melhor distribuição do conteúdo e inserção de novas práticas em uma espécie de oficina, onde cada professor se uniria ao coletivo. Ela ocorrerá durante o período de Março tendo, claramente, a viabilidade de encaixe do Projeto de Extensão como uma das ações do Planejamento 2009.

A equipe de professores de biologia do estado na reunião planejaria desta forma, junto à equipe de extensionistas, a problemática da evolução biológica, que casa com o modelo de proposta inicial da secretaria de educação. Abertura para a imprensa também foi citada. A negociação dos materiais pedidos pela Extensão, que não são muitos, será avaliada pela equipe pedagógica, e em breve será dada uma resposta sobre a contrapartida do Governo Estadual viabilizando os recursos necessários para as estratégias de ensino-aprendizagem.

Primeiros Passos

A primeira reunião ordinária, dia 9 de outubro de 2008 às 12 horas, para os interessados no Projeto de Extensão, aprovado recentemente no Edital da PROBEX/PROEAC/UEPB, “Exposições Científicas na Escola: Evolução Biológica, para que te quero?” contou com a participação de 35 interessados para compor a equipe de extensionistas, ficando claro a participação máxima de um grupo de 10 extensionistas. Lembrando bem que a equipe pode ser composta por mais quatro alunos interessados em Iniciação Científica (Pesquisa).

O método de seleção contou com uma tarefa de sintetizar o livro da professora Silvana Santos, “Evolução Biológica: Ensino e Aprendizagem no Cotidiano da Sala-de-Aula” para ser apresentado na reunião do dia 22 de outubro, que contou com a presença 8 interessados, embora a brusca diminuição em relação à reunião passada. Além das sínteses, alguns já se interessaram na I.C. com a produção de esqueletos de projetos, que foram colocados em anexo às sínteses do livro.

As sínteses tiveram um quê de emoção, crítica, analogias com exemplos práticos do dia-dia e, principalmente, mostraram o perfil de cada extensionista, peculiaridades expressas logo abaixo. Além do livro de Silvana, o livro de Nélio Bizzo foi utilizado como referencial. Um apanhado geral sobre ensino/aprendizagem, mudança conceitual, conflitos cognitivos, foi relatado de forma didática.

O próximo passo será a reunião da equipe de Extensionistas com a coordenadora da 3ª região de ensino estadual, profª Goretti, na segunda semana de Novembro.




Equipe de Extensionistas selecionada:



Alexandre Sarmento

Ednno dos Santos Almeida

Laura Maria Marinho A. Barbosa

Marina Tanieri de O. Soares

Raissa Azevedo Brasileiro

Raoni de Castro Barbosa

Ribamar Lima

Thiago Emmanuel de A. Severo

Uirá Souto Melo

Wilma Raianny V. da Rocha


ALGUMAS SÍNTESES

Marina Tanieri

A obra Evolução Biológica: Ensino e Aprendizagem no Cotidiano de Sala de Aula foi dividida em três capítulos, e produzido pela professora doutora Silvana Santos, tendo como principal propósito escrever sobre o ensino e a aprendizagem da teoria da evolução biológica através de entrevistas realizadas pela própria professora com alunos de escolas da rede pública de ensino da cidade de São Paulo.

No primeiro capitulo: “As Pesquisas Educacionais e o Ensino da Evolução”, são apresentadas sínteses de idéias de autores como: Bizzo, Deadman, Brumby, Bishop e Anderson, Duveen e Soloman, Greene e outros. Algumas pesquisas foram realizadas por eles e os resultados mostraram a existência de concepções cotidianas sobre evolução presente na mente dos estudantes o que dificulta o aprendizado de novos conceitos. Neste capitulo é trabalhado as concepções científica de evolução e a concepção cotidiana (defendida pelos estudantes), aqui a mudança conceitual e usada em função de um conflito cognitivo como alavanca para reestruturação das idéias dos estudantes.

Baseada nas concepções dos autores citados, esse estudo teve como objetivo investigar momentos de ensino e aprendizagem com a finalidade de buscar revelar as concepções prévias dos estudantes e apontar as alterações nessas idéias.

O segundo capítulo “A Seleção de Conteúdos e Estratégia Didáticas”, foca uma seqüência de atividades didáticas, usada tanto como instrumento de pesquisa quanto de ensino aprendizagem. Neste capítulo foram elaboradas oito atividades que tratam de aspectos centrais da teoria evolutiva. A seqüência didática inicia-se com a apresentação de uma “situação problema” para iniciar a discussão. As atividades ilustram e relacionam os conceitos de evolução como: adaptação, seleção natural, espécie, variabilidade, herança dos caracteres adquiridos e etc.

A seqüência didática que compõem as oito atividades permitiu investigar através das pré-entrevistas o que aconteceria com as idéias dos estudantes sobre evolução biológica durante o momento de ensino aprendizagem. A coleta de dados constituiu na realização das entrevistas e atividades realizadas na sala de aula. O objetivo proposto na seqüência didática foi identificar as distintas concepções sobre evolução apresentadas pelos estudantes, diferenciando a concepção científica daquela presente na vida cotidiana.

No terceiro capitulo “Abrindo a Porta da Sala de Aula: As idéias dos Estudantes Sobre Evolução Biológica ao Longo dos Momentos de Ensino Aprendizagem”, mostra a construção de uma concepção de ciência para os estudantes relacionada com a maneira como se ensina, a intervenção didática da professora/pesquisadora ajuda a construir modelos e explicações relacionados ao conceito de evolução.

De inicio foram apresentadas as idéias presentes nas pré-entrevistas, com o objetivo de ilustrar como os estudantes entendiam o conceito de evolução envolvendo as categorias conceituais como: evolução biológica, herança dos caracteres adquiridos, espécie e variabilidade, seleção natural, adaptação e mutação, antes do período de aprendizagem. Nas pós-entrevistas a professora/pesquisadora buscou avaliar se os estudantes conseguiram identificar e comunicar as mudanças ocorridas na sua maneira de pensar. As pós-entrevistas exemplificam a utilização de modelos prévios para explicar novos problemas com o uso do repertorio aprendido. A rede conceitual dos estudantes foi remontada, considerando os resultados mostrados, é possível imaginar que esses estudantes passem a usar os conceitos com a rede de significados de seus próprios modelos explicativos.



Ednno dos Santos Almeida



Para mostrar que a evolução biológica ultrapassa os limites da escola e da comunidade científica, e mostrar as mudanças nas concepções dos estudantes sobre evolução biológica durante processo de ensino e aprendizagem, a professora/pesquisadora, Silvana Santos, escreve o livro Evolução Biológica: Ensino e Aprendizagem no Cotidiano da Sala de Aula. Por buscar uma produção de conhecimento a autora deixa claro que o livro contém muitas perguntas e poucas respostas com o propósito de revelar as idéias dos estudantes favorecendo o diálogo.

Através de aulas registradas, a professora/pesquisadora busca observar o processo de mudanças conceituais e como os alunos aplicam os novos conceitos. Analisa as dificuldades dos alunos utilizando os modelos explicativos destes, com relação ao aprendizado sobre evolução biológica e a dificuldade dos professores ao ensinar tal assunto. Assim, busca revelar as idéias e concepções prévias dos estudantes para apontar alterações nessas idéias decorrentes do processo de aprendizagem e ensino.

Ela introduz (1º capítulo) seu livro com a apresentação de dados coletados por outros pesquisadores na área da educação. Onde o primeiro trabalho desenvolvido no assunto foi realizado por Deadman (1976); Deadman e Kelly (1978). Com isso se descobre as falhas e deficiências no ensino da evolução biológica.

Após analisar as dificuldades dos estudantes a professora/pesquisadora pensando nos conflitos cognitivos, além do modelo de mudança conceitual e explanando os distintos argumentos das teorias evolutivas (segundo Zuzovsky-1994), lamarckista, darwinista, neo-darwinista e a teoria sintética da evolução. Elabora assim suas estratégias didáticas e seleciona conteúdos para sua metodologia de pesquisa para o mini-curso que registrará passo a passo os diálogos com os estudantes e assim propiciando maior entendimento e servirá de registro e banco de dados para futuras pesquisas.

A seqüências didática passa por oito atividades. A proposição de situações-problemas torna-se de extrema importância para assim os estudantes apresentarem em diálogo suas explicações prévias.

A primeira atividade intriga a professora/pesquisadora e alunos com a seguinte pergunta: O que é evolução? Elaborando uma seqüência de fatos/acontecimentos e perguntas (relacionando com conceitos a frente abordados como adaptação e seleção natural) deduzidos como intrigantes que acabam por introduzir o processo de mudança conceitual.

A segunda atividade provoca diálogo/discussão entorno da pergunta: o que é mutação? No fim de explicar a variabilidade de indivíduos de uma população. Mostrando também fatos/acontecimentos com auxílio de experimentos que demonstram a evidência de mutação.

A terceira e quarta atividades buscam unir as duas primeiras atividades com a proposição de exercícios que levantam nos estudantes um pensamento científico.

A quinta atividade gera diálogo/discussão entrona da pergunta: O que é adaptação? A professora/pesquisadora explica a diferença de adaptação no dia-dia e a adaptação biológica, sempre com auxílio de acontecimentos relatados.

A sexta atividade anima os estudantes com a proposta inicialmente lançada por Nélio Bizzo (1994b) da produção de um fóssil, para assim simular a formação fossilífera na natureza.

A sétima atividade esta voltada para mostrar as evidências do processo evolutivo relatadas por Moore (1984). Tal atividade prepara os alunos para a seguinte atividade (atividade 8) onde se debate a questão evolução e a religião pautadas em suma publicação de Smith e colaboradores (1995) na revista Science & Education.

No segundo capítulo a professora/pesquisadora “abre a porta da sala de aula” e apresenta trechos das pré e pós entrevistas dos estudantes. Ao fim de cada trecho a professora/pesquisadora analisa e explica os relatos dos estudantes em seus pontos relevantes observando e seguindo a seguinte seqüência temática: o conceito de evolução, a herança de características adquiridas, espécie e variabilidade, seleção natural, adaptação, mutação e variabilidade, a concepção de ciência.

No fim do segundo capítulo são apresentadas as pós-entrevistas e feitas às relevantes colocações com relação às mudanças conceituais desenvolvidas pelos estudantes depois do mini-curso. Mas, mostrando que as idéias cotidianas tenderiam a se conservar.

O terceiro capítulo volta-se para o “fechamento da porta da sala de aula”, considerações finais.

Muitos estudantes apresentam em seus modelos explicativos o fato de que mudanças evolutivas ocorrem em resposta ao ambiente buscando sempre o aperfeiçoamento e/ou progresso da espécie, mas não sabem explicar como ocorrem essas mudanças. Entendes-se que uma das barreiras para o entendimento da teoria da evolução é entender a diversidade de seres vivos existentes como resultados de processos aleatórios. Nota-se a existência de conflitos-cognitivos ante o mini-curso, onde os estudantes apresentavam seus modelos explicativos, mas eles mesmos impunham dúvidas. Reconhecendo contradições nas explicações.

Outra barreira reconhecida é com relação a narrativa do assunto, pois os livros didáticos abordam a herança de característica adquiridas como sendo discordantes entre os lamarckianos e os darwinistas quando não há discordância.

Observou-se a mudança nas explicações dos estudantes, mas muitas idéias e crenças tendem a se conservar. Mostrando que o processo de mudança conceitual não acontece em momento algum na escolaridade.

É fundamental que os professores escutem os alunos e analisem seus modelos explicativos para assim estabelecer relação com acontecimentos cotidianos facilitando a visualização do que impede o entendimento de conceitos científicos, e assim, não reproduzindo o que já é senso-comum.


Laura Maria Marinho Albuquerque Barbosa



Ao longo de todo o livro notamos a tentativa da mudança conceitual, e o quanto ela é difícil. A pesquisadora tenta de todas formas introduzir o conceito científico sobre Evolução Biológica aos entrevistados, mas ele têm muita dificuldade em entender.

Ainda não tenho experiência em sala de aula, e não sei se essa dificuldade em introduzir o conceito científico é mais difícil nesse assunto, Evolução Biológica, ou em todos os assuntos a tentativa da mudança conceitual é difícil.

Notei que ao final da pesquisa as crianças mudaram mais seus conceitos, em relação aos universitários entrevistados no início, logo, conclui que se introduzirmos desde cedo esse modelo de mudança conceitual nas escolas, será mais fácil de construirmos uma sociedade pensante.

Em minha opinião, a parte mais interessante e engraçada do livro é o II capítulo, onde as crianças expõem suas idéias, dei muitas risadas, com os comentários da Ana, principalmente, e o mais interessante é ver que eu mesmo já pensei assim um dia.

O modo que a pesquisadora entrevista os alunos é muito interessante, ela insiste para que os alunos digam tudo que sabem de evolução, tem horas que ela insiste tanto que quase enlouquece os coitadinhos.

Lendo este livro percebemos que ensinar Evolução é uma tarefa árdua, pois não é fácil mudar o conceito que as crianças ouvem erroneamente desde cedo, se é difícil mudar o pensamento das crianças, imagine de adolescentes ou adultos, pior ainda.

A meu ver essa pesquisa é muito importante para conhecermos e entendermos o modo de pensar das crianças, e assim, aprender a melhor forma de ensinar Evolução Biológica.


Wilma Raianny Vieira da Rocha


Texto-base: Santos, Silvana. “Evolução Biológica: Ensino e Aprendizagem no Cotidiano da Sala de Aula” – originado da dissertação de mestrado da autora.

O livro destina-se a análise do aprendizado da teoria da Evolução Biológica, abrangendo inúmeras questões, tais como, “Qual explicação que os alunos têm diante da teoria da evolução biológica?” e “Como as idéias do senso comum intervém no conhecimento do aluno?”.

Durante o primeiro e o segundo capítulos a autora introduz o problema citando resultados de pesquisas realizadas anteriormente por outros pesquisadores que já se preocupavam com o problema do ensino da evolução e como esta acaba sendo distorcida ao longo do aprendizado, além de propor “estratégias didáticas” para melhor aprendizado. O terceiro capítulo intitulado “Abrindo a porta da sala de aula”, contém entrevistas realizadas com os alunos destinadas a avaliar como eles entendem certo conceito antes de passarem pela aprendizagem - pré-entrevistas – e também entrevistas com os mesmo a fim de avaliar como esses conceitos podem ou não ser moldados - pós-entrevistas - realizadas após o curso de evolução.

O livro mostra que a sal de aula é ambiente de pesquisa e que o professor deve agir como potencial transformador buscando entender quais as idéias pré-existentes nos alunos para desenvolver posteriormente estratégias de ensino eficazes, retirando as idéias do senso comum introduzindo o pensamento científico.


Raissa Azevedo Brasileiro



Texto-base: Santos, Silvana. “Evolução Biológica: Ensino e Aprendizagem no Cotidiano da Sala de Aula” – dissertação de mestrado da autora.

Existe uma concordância na comunidade, de pesquisar os processos de ensino e aprendizagem, essas abordagens são exibidas no decorrer desta transcrição. Já foram feitas várias pesquisas em cima do tema: Ensino e Aprendizagem, em um grande número de países, estas expõem algumas idéias como: mesmo após os alunos estudarem o assunto de evolução nas escolas (o que não é muito abordado) estes continuavam com suas concepções alternativas prévias ou cotidianas na cabeça, que foram adquiridas no decorrer de sua vida, sobre os conhecimentos biológicos; Tendo essa certa dificuldade de aceitação, os estudantes assimilam as mudanças ocorridas na evolução direcionadas a um agente divino.

A ciência explica que algumas características são adquiridas por seleção ou mutação, os estudantes avaliados explicitaram que as características adquiridas tinham fundamentos através do uso-desuso. O pesquisador Bizzo certa vez disse que “a maneira distorcida que os estudantes tinham de evolução e darwinismo, poderiam ter sido passadas erroneamente pelo educador”. A reconceptualização social do conhecimento diz que devem ser revistos os conceitos que os professores repassam para seus alunos desde crianças, para que as teorias científicas sejam a divulgação de conhecimento. Um dos processos para verificar a aprendizagem do aluno é a escolha de um bom material didático. Foram expostos também neste, as teorias evolucionárias, o lamarckismo, darwinismo, neodarwinismo e a mais aceita hoje que é a teoria sintética da evolução. O modelo de mudança conceitual é importante, pois no momento em que um conceito for mais explicativo que o anterior, este será substituído, esse modelo foi bastante criticado, pois ele impõe que os conceitos científicos estão absolutamente certos que os alunos esqueçam suas explicações cotidianas, o que não é bem assim. Os conflitos cognitivos têm certa importância na aprendizagem, pois promovem explicações cotidianas, o que não é bem assim, pois promovem também discussões de alunos/alunos e alunos/professores, assim expondo e defendendo suas idéias. Compreender a teoria é melhor do que “aprende-la”, ou seja, o conhecimento científico deve ser visto como resultado de um processo ativo e não com um corpo de pensamentos estáticos. Os pesquisadores precisam achar respostas relacionadas à aprendizagem, que não se limite ao contexto escolar, pois mesmo compreendendo o assunto o estudante se limita a conservar suas próprias idéias. No entanto a professora/pesquisadora se propôs a investigar as alterações nas idéias dos estudantes, sobre Evolução.

Há utilização de uma seqüência didática usada pela professora foi a seguinte: mostra-se um tema (situação-problema), onde os alunos lêem textos e discutem entre si e com a professora, sobre as suas idéias e o que estes entendem sobre evolução biológica. Foram feitas várias atividades onde a primeira eram perguntas sobre evolução, seleção natural e teoria da evolução biológica, na segunda atividade o texto abordava mutação e também foram respondidas algumas questões, na terceira foi feita uma ilustração sobre especiação, já na quarta utilizaram o livro do BSCS para apresentar o conceito de seleção natural, na quinta foi evidenciado o conceito de adaptação, a sexta abordou o registro fóssil com um material que a professora lhes passou, já na sétima evidenciou o processo evolutivo, e enfim na oitava foi discutido evolução//religião/sociedade, onde os conhecimentos científicos são baseados em observações e o religioso em fé, não parte de hipóteses testáveis.

Em uma Escola Estadual de São Paulo no ano de 96 foi elaborada uma pesquisa, com o objetivo de apresentar um novo modelo de como ensinar o assunto de evolução. Foram feitas várias entrevistas com os alunos do 2º ano do ensino médio, buscando saber quais as idéias que estes possuem de evolução, assim sendo foram elaboradas perguntas, que abordam os seguintes temas: evolução, herança de características adquiridas, espécie, variabilidade, seleção natural, adaptação e mutação. Nas pré-entrevistas as idéias que os alunos possuíam eram as seguintes: uso/desuso, que evolução está ligada a crescimento, progresso, a viver melhor diziam que o ambiente causa alterações nos indivíduos (criavam anticorpos), no decorrer das aulas os estudantes perceberam que os modelos explicativos eram incoerentes. No fim das pós-entrevistas foi confirmado que os estudantes não absorveram nada ou quase nada dos conteúdos trabalhados, pois eles usam os novos conceitos, mas com os próprios significados, o qual eles obtiveram das idéias cotidianas. Contudo, essa pesquisa foi criada para desenvolver reflexões e construir a produção do conhecimento científico nos alunos, o que não é tão simples, pios tentar argumentar sobre idéias de evolução na cabeça de alunos, onde já se têm um conhecimento prévio de que as coisas são tão perfeitas, e que precisa de um agente divino para criá-las, não é uma tarefa nada fácil. No decorrer das atividades foram observadas pequenas mudanças nas explicações. Sendo assim, é imprescindível, compreender o processo de ensino e a aprendizagem, para que o professor possa entender as dificuldades do estudante e assim auxiliar a estes um bom desenvolvimento de suas reflexões e aprendizagens.